domingo, 30 de maio de 2010

Vips Fashion Show no BarraShoppingSul

O que vai rolar de tendência no Inverno 2010 foi conferido no Vips Fashion Show no BarraShoppingSul, na última quinta-feira. Além de um belo desfile, os convidados vips puderam conferir um editorial de moda, produzido pelo fotografo Eduardo Carneiro, com produção de moda de Éden Matarazo e Tessália Moraes. O evento contou ainda com a presença da cantora Preta Gil, e seu animadíssimo show Noite Preta.
O Prosa Fashion esteve por lá conferindo a noite que iniciou com um saboroso coquetel, regado por Champagne, show da Preta, que chamou ao palco Claus e Vanessa, desfile dos barmans, pessoas animadas e elegantes e musica boa!!!

Confere aí um pouquinho de tudo que rolou nesse evento.










sexta-feira, 28 de maio de 2010

O fluído e o sólido, o efêmero e o permanente, o fugaz e o estável


[ Identidade de nós mesmos Win Wenders ]


Você mora onde mora faz o seu trabalho. Você fala o que fala, come o que você come. Veste as roupas que veste, olha para as imagens que vê. Você vive como vive como pode viver. Você é quem você é. “Identidade”...de uma pessoa, de uma coisa, de um lugar. “Identidade”. Só a palavra me dá calafrios. Ela lembra calma, conforto, satisfação. O que é identidade? Conhecer o seu lugar? Conhecer o seu valor? Saber quem você é? Como reconhecer a identidade? Criamos uma imagem de nós mesmos e estamos tentando nos parecer com essa imagem. É isso que chamamos de identidade? A reconciliação entre a imagem que criamos de nós mesmos e nós mesmos? Mas quem seria esse “nós mesmos”? Nós moramos nas cidades, as cidades moram em nós, o tempo passa. Mudamos de uma cidade para outra, de um país para outro, trocamos de idioma, trocamos de hábito, trocamos de opinião, trocamos de roupa, trocamos tudo. Tudo muda rápido. Sobretudo as imagens. Elas mudam cada vez mais rápidas e se multiplicam num ritmo infernal, desde a explosão que desencadeou as imagens eletrônicas, as mesmas imagens que agora estão substituindo a fotografia. Podemos confiar na eletrônica? No tempo da pintura, tudo era simples. O original era único, e toda cópia era uma cópia, uma falsificação. Com a fotografia e o cinema, a coisa começou a se complicar. Na fotografia o filme é o original, o resto é cópia. A moda sempre está morta. Identidade e moda seriam coisas contraditórias?


É assim que Win Wender começa o documentário Identidade de Nós Mesmos. Jogando na cara no espectador vários sentimentos e questionamentos. Afirmando não estar nem aí pra moda e mostrando o processo criativo de um dos mestres da alta-costura Yohji Yamamoto. Wender conduz o filme descobrindo a moda, a sua nova câmera e o estilista de maneira simultânea, e não tem medo de relatar que quando não se domina o assunto, as primeiras perguntas não são muito profundas. Yamamoto, por sua vez, relata que o processo criativo inicia com o tecido, com o toque, para senti-lo. Depois parte para forma. Ele deixa claro que não existe uma regra, mas que prefere sentir antes de criar. E ainda, que nesse momento é necessário pensar em duas línguas diferentes ao mesmo tempo: o fluído e o sólido, o efêmero e o permanente, o fugaz e o estável.


A trilha sonora inquieta serve de cortina para as várias linguagens que o trabalho de Yamamoto passa. Seja pela cor ou pela formas assimétricas. O preto é mais que uma cor para o estilista. Representa um mix de emoções, que mudam constantemente. O preto é a conclusão de todas as cores. “Usando o preto assim (em muitas peças) dá uma sensação histérica”, diz o estilista.


Wenders traça um paralelo entre as cidades e a moda, percebendo uma identidade, falsa ou não, de quem vive em determinados locais. A tecnologia usada como “eletrônico”, também, está em cada cena no doc. Em um determinado momento, o diretor começa a perceber pontos em comum com Yamamoto, tornando mais próximo e atraente todo aquele universo. Isso é revelado folheando o livro People of the 20th Century, de August Sender, onde as fotos das pessoas são reveladoras. Segundo Yamamoto, através das vestimentas é possível revelar as profissões das pessoas daquela época.


Um documentário maravilhoso, inquieto, revelador e profundo. Muitas questões são levantadas. Paradigmas quebrados. A quietude interna do oriental transcende a tela. O profissional compenetrado e preocupado com todo o processo que envolve a sua roupa é mostrado de forma simples que deixa uma verdadeira vontade de fazer, de fazer o que se ama. Yamamoto levanta essas questões de identidade, pois por muito tempo negou a afirmação que representava a moda japonesa. Wenders contou a história do mito, da paixão pelo trabalho, da identificação através do que se acredita da influência de grandes cidades, da cultura e do “eletrônico”. Formidável e instigante.



Foto do livro People of the 20th Century, de August Sender
Imagem de um cigano, essa é a preferida de Yamamoto.
O olhar do homem chama a atenção e a mão no bolso.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Galaxy Inverno 2010

  

Ontem o [ PF] visitou a Espaço Fashion para conferir as novidades que a marca preparou para o outono inverno 2010. Como sempre, as meninas estavam todas lindas, com produções que revelam a cara da marca carioca. Para esta estação a silhueta aparece mais alongada e com o volume concentrado nos ombros. Muita tacha e pedrarias diversas. O espaço galáctico   foi a inspiração para as estamparias que apresenta uma paleta de cores azuladas e avermelhadas.



A coleção está de morrer. Os vestidos que dão impressão de duas peças ficam lindos no corpo, super práticos. Os acessórios em preto, prata envelhecido e muitas tachas contrastam com o rosa e vermelho. A saruel [marca registrada da EF] vem para a estação mais fria do ano, mais seca marcando o corpo. Botas e coturnos reforçam a tendência neo punck. Dá vontade de levar tudo!



A Espaço Fashion está se preparando para a próxima estação, dia 31 é o desfile da marca no Fashion Rio. A copa do mundo antecipou os desfiles das semanas de moda. Mas, por enquanto vamos viajar na coleção Galaxy Inverno 2010.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Encare o frio na moda

É, parece que o frio chegou, e com ele muitas novidades. Sinceramente, adoro o inverno. No inverno tudo e todos parecem mais elegantes. Fora isso, surgem nas lojas e nas ruas milhões de novidades. Lenços, echarpes, botas, casacões, meias calças de mil cores, formatos e texturas desfilam por aí. A criatividade fica a solta para conseguir montar um look fashion e quentinho.
Nesse inverno vamos ousar? Botas acima dos joelhos já estão dando as caras por aí. No frio aqui da nossa capital, temos o direito (para não congelar) e a opção (pois existem diversas) de usar todo o tipo de bota possível. Mas esse inverno eu quero apostar na minissaia e na bota de cano longuissimooooo.... A over knee boot!!!! Sim, estou falando daquela bota que fica acima dos joelhos. Alguns podem até acha-lá vulgar, mas se for bem usada pode se tornar um look charmoso e sensual.
“Ate os anos 1960, a bota era território masculino. As mulheres as usavam nos climas severos, mas nunca como peças fashion. Quando, em 1960, Mary Quant introduziu a minissaia, Andre Courreges combinou essa peça com a bota. Então as pernas ganharam destaque. À medida que as saias foram encurtando, o cano das botas foram subindo. A bota tem mantido a atração, e continua sendo símbolo de sensualidade e poder. Se tornou um símbolo da libertação feminina.” Trecho do livro As 100 +, de Nina Garcia.

Confere aí alguns modelos....





Confere aí algumas dicas:

Este modelo de bota é extremamente sensual. Portanto cuidado redobrado na hora de usá-la para não deixar o visual vulgar.
Se você é baixinha tome cuidado, se for tentar, use os modelos com salto.
Se tem as pernas grossas aposte em calças justas estilo skinny ou saias com meias em tons escuros.
A roupa deve ser um pouco mais “leve”, evite peças ousadas.
Cuide para que a parte de cima da bota, o cano, não seja muito justo, apertando demais a coxa.
Cuidado. Não use essa bota para compromissos como entrevistas de emprego, por exemplo.

Fotos retiradas da Internet.

Post em homenagem a Simone Martins que adora essas botas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

SOLAINE PICCOLI APRESENTA SUA NOVA COLEÇÃO DE NOIVAS



Estilista promete muito romantismo e fantasia em suas criações que tiveram inspiração nos anos 50.



Solaine Piccoli, uma das principais designers de moda noiva do país, apresenta propostas inovadoras para os vestidos de noivas para a temporada Inverno 2010. Suas criações esbanjam sensualidade, toques românticos e poéticos. Cada modelo criado por Solaine remete ao desejo das noivas que sonham em se casar com um vestido único, elaborado com exclusividade para marcar uma das datas mais importantes de suas vidas.

A proposta da estilista para esta temporada são vestidos com corpos longos, marcados com drapês e bem estruturados. As saias são godês, godê ponche, inspiradas na moda dos anos 50, período em que a mulher tornou-se mais feminina e glamourosa, com o término da II Guerra Mundial, segundo a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. O decote tomara-que-caia se mantém em alta.




 
Seda pura Dior, cetim de seda, renda chantilly, tafetá de seda e o tule francês, foram os tecidos escolhidos por Solaine para compor a nova coleção que terá muito shantung, tule, detalhes pretos em rendas, além de laços.

Solaine Piccoli construiu sua bagagem de moda noiva ao longo de quatro gerações de sua família que se dedicam exclusivamente para a criação de vestidos de noivas e neste processo já se passaram mais de 35 anos. Com as inovações de suas criações, Solaine, quer fortalecer cada vez mais sua marca que tornou-se referência no mercado da alta costura.

A estilista tem seu ateliê situado na Rua Dinarte Ribeiro, 214, em Porto Alegre (RS). O sucesso dos seus vestidos atravessou as fronteiras do Rio Grande do Sul e Solaine abriu uma loja, na Rua Oscar Freire, em São Paulo.



 Solaine Piccoli apresenta sua nova coleção de noivas.

Casar 2010.
Terraço Daslu.
Data: 19 a 22 de maio.
Horário: 14h às 21h.


Fotos: Everton Rosa

sábado, 15 de maio de 2010

Internet, moda e jornalismo


Durante os três dias de debates no pé da Serra, abaixo de chuva e muito trânsito vários assuntos foram lançados na roda. Moda, redes sociais, internet, jornalismo, credibilidade. A cada final de noite uma idéia, nova ou não, ficava na mente. O Moda Insights levantou discussões que seus convidados ilustraram muito bem.

A última conversa do evento foi com Alexandra Farah, jornalista de moda e idealizadora do Filme Fashion (www.filmefashion.tv), pautada por um assunto que merece muita atenção, a disseminação de informação de moda. Os Blogs estão aí, cada dia mais presente, levantando assuntos e jogando informações para quem quiser pegar. O principal Alexandra lembrou “você precisa ser confiável”. Não importa se é um blog ou um site, precisa ter credibilidade. [Falar de moda com autenticidade e usar as ferramentas que estão na rede, usando uma parceira básica, a verdade]


Fazer um blog é um exercício que requer pesquisa e estudo. O trabalho é um exercício que leva a credibilidade. Alexandra, falou ainda, que a maneira que se faz tudo isso é o mais importante, e não se é ponto com, blog, microblog. Existem caminhos diretos, um canal aberto com o leitor. O mais relevante é a credibilidade, não o tamanho, o modelo ou a cor.

Esse assunto precisa ser muito mais pensado e repensado. Está aí para todos. Esses dias de reflexão em Novo Hamburgo mostraram como ideias simples tem grande impacto. A internet consegue muito mais do que podemos imaginar. Sem grandes inovações, fazendo o que se propõe de maneira séria e consciente, pode-se atingir o inatingível.



quarta-feira, 12 de maio de 2010

“Daspu moda para mudar”



A segunda parte da noite do Moda Insights 2010, também foi dedicada ao marketing. A convidada foi Gabriela Leite, idealizadora da grife DASPU, que falou sobre a criação de uma ONG como uma sacada de marketing.


Logo nos primeiros minutos ela conquistou o público, que além de dar boas risadas a saudou, com muitas palmas, quando falou que gosta mesmo é de ser chamada de puta. “Não gosto desses nomes higienizados, como profissionais do sexo. Servem só para esconder as verdades”, completa Gabriela.



A integrante da ONG Davida, do Rio de Janeiro, falou que a DASPU surgiu em uma mesa de bar e que antes mesmo de sair do papel, já estava na mídia. “Alguém falou em montar uma confecção, eu logo disse, grife é mais chique”. A informação vazou e no dia seguinte estava no jornal, a partir daí todos os principais veículos do Rio e de São Paulo se interessaram. Logo a mídia internacional apareceu.

Elas se tornaram conhecidas e precisavam de um nome, pois todo mundo queria saber quem eram essas pessoas e a roupa que faziam. No entanto, só existia a ideia. Surgiu assim a DASPU, na época a Daslu (que Gabiela nem sabia que existia) estava em evidência por problemas com impostos.

A marca fez o caminho inverso do esperado, conquistou a mídia e depois pensou no produto. Sem dinheiro, mas com um nome no mercado, lançaram uma camiseta para o Natal com a seguinte frase, “somos más podemos ser piores”. Venderam 22 mil camisetas.


O sucesso da marca rendeu e rende muita publicidade. “As pessoas compraram a nossa causa”. Porém, muita gente quer ajudar da maneira errada, lembra Gabriela. “Não queremos mudar as pessoas, mas sim dar dignidade e visibilidade ás prostitutas”, e isso a Daspu conseguiu. “A grife é a ferramenta que a ONG usa para conseguir melhorar a nossa vida”.


Hoje, as roupas são terceirizadas e vendidas no site. A ironia está presente nas frases bem humoradas que estampam as peças, “as mulheres perdidas são as mais procuradas”. De uma pequena ideia, surgiram grandes oportunidades. Com a visibilidade da marca a ONG pode desenvolver um trabalho fundamental na sociedade. “O que queremos é juntar todo mundo e não separar, de um lado as putas e do outro a sociedade”. Aplaudida de pé pelo público, Gabriela encerrou a conversa e o segundo dia de evento




Gabriela Leite É idealizadora da grife Daspu, criada em 2005 por integrantes da ONG Davida, do Rio de Janeiro. Com a marca e suas coleções, desenvolvidas em parceria com profissionais de moda, atrai público, mídia nacional e internacional para desfiles em ruas, cabarés, clubes e casas de show, além de teatros, universidades e a eventos como a Bienal de São Paulo e a Conferência Internacional de Aids realizada na Cidade do México. Gabriela também é fellow da organização internacional Ashoka de empreendedores sociais e autora do livro "Filha, mãe, avó e puta", pela Editora Objetiva.